sexta-feira, 16 de setembro de 2011

As Viagens de Conan - Cronologia do Personagem (Parte 2)

Continuando com a viagem e as aventuras de Conan.

Eventos acabam conspirando para que Conan desistisse de tentar transformar os Afghulis em um exército regular. Depois de vagar por algum tempo nas ricas terras de Vendhia ele segue para oeste explorando Kosala. Com pouco dinheiro e com sua cabeça à prêmio em toda região, ele visita a cidade de Zamboula onde pretende ganhar algum dinheiro.

Em "As Negras Noites de Zamboula" (Shadows in Zamboula), Conan cruza o caminho de um assustador culto canibal Darfari que venera o Deus Macaco Hanuman. Depois de extrair vingança contra um sinistro estalajadeiro, Conan retorna às terras hiborianas com 29 anos de idade.
Howard planejava escrever um conto à respeito de Conan roubando a jóia conhecida como Estrela de Khorala e pedindo um resgate real da Rainha de Ophir, mas esse conto não foi finalizado pelo escritor.

Pouco depois, estoura uma batalha naval entre Argos e a Estígia e Conan chega a tempo de se alistar na Marinha sob o comando de Zapayo de Cova. O plano é que a marinha argoseana ataque o litoral da Estígia, enquanto seus aliados kothianos invadem as fronteiras cercando a cidade estuária de Khemi. O plano falha quando Koth trai a aliança e faz a paz com os estígios. Em desespero, os mercenários tem que escapar cruzando o deserto à leste de Shem sob ataque constante dos soldados estígios.

Em "Drums of Tombalku" Conan acaba capturado e levado até a cidade de Tombalku para ser executado. O destino coopera com o cimério, quando o Rei Sakumbe o reconhece como sendo Amra, o Leão. Os dois foram compaheiros de armas nos tempos entre os corsários negros. Sakumbe promove Conan a General de suas tropas, pouco antes de ser deposto e morto em um golpe.

O bárbaro segue para os reinos negros ao sul de Kush. Nessa época ele assiste um ritual envolvendo o símbolo de Jhebbal Sag, uma entidade que detém poder sobre os animais. Conan aprende a desenhar o glifo que lhe será útil no futuro. Aproveitando sua reputação como Amra, conquistada ao lado de Bêlit, o bárbaro se torna chefe de guerra de uma tribo negra.

Em "O Vale das Mulhees Perdidas" (The Valey of Lost Women), ele quebra uma trégua firmada entre tribos durante um conselho de guerra para salvar uma mulher hiboriana que foi escravizada. Ele consegue garantir que a mulher retorne para a Estígia e conquiste sua liberdade.
Aos 30 anos, Conan viaja pela costa oeste oferecendo sua espada como pirata das Ilhas Barachas. Ele passa a servir à bordo de um navio e se torna um líder entre os marinheiros. Seu nome é sussurrado com um misto de medo e admiração quando ele passa a integrar a "Irmandade Vermelha". Afundando navios e saqueando cidades portuárias ele passa a ser um dos maiores predadores do Mar Ocidental. Alvo de intrigas entre rivais, que invejam sua posição de prestígio, Conan sofre uma tentativa de assassinato em Porto Tortage, mas escapa mergulhando no mar.

Em "O Poço Macabro" (The Pool of the Black Ones) Conan é resgatado por uma nau comandada pelo renegado capitão Zingaro, Zaporavo. Aceito na tripulação ele toma parte em vários saques e na destruição de navios mercantes, por fim o barco chega a uma ilha misteriosa. Conan conspira para substituir o capitão quando os piratas desembarcam, mas a situação foge do controle. Selvagens de pele negra que habitam a ilha capturam a tripulação e planejam sacrificar cada homem em um poço com poderes sobrenaturais. Conan salva os marinheiros e é feito capitão da embarcação prometendo guiar a nau até "portos ricos e navios mercantes carregados de pilhagem".

O trabalho como capitão o ocupa por quase um ano inteiro, dividindo seus ataques entre as rotas comerciais e navios piratas pertencentes aos Barachos que o traíram. Tranformado em corsário, o bárbaro experimenta grande sucesso em suas investidas contra a marinha Argoseana e Estígia. Sua sorte se mantém até que o barco é colhido numa tempestade e lançado contra recifes na costa de Shem. Depois de se recuperar, Conan vaga por algum tempo nas cidades shemitas aguardando alguma guerra ou conflito onde possa vender sua espada, mas o período é de relativa paz.

Sua notoriedade se espalhou pelas terras hiborianas e sua cabeça está à prêmio em Turan, Argos, Zingara e na Estígia. Eventualmente, Conan viaja para a Ciméria a fim de rever sua terra natal. Em seguida toma o caminho do sul novamente, conhecendo a Aquilonia. Ele tem 34 anos.
Viajando pela Aquilônia ele fica sabendo que existe trabalho na região de Westermark. Recrutado no exército regular ele logo se torna oficial e é despachado para o Forte Tuscelan em Conajohara no coração dos Sertões Pictos. A vida na fronteira é perigosa desde que Numedides, o recém coroado Rei da Aquilonia, decidiu reduzir as tropas que defendem a fronteira contra os selvagens pictos.

Em "Além do Rio Negro" (Beyond the Black River) Conan enfrenta o feiticeiro Zogar Sag que conseguiu unificar as tribos de pictos e lançar um ataque devastador contra os colonos. A invasão liderada pelo bruxo é sangrenta e o Forte é destruído. Conan consegue avisar os aquilonianos à tempo de guarnecer a cidade de Velitrium e estancar o avanço dos selvagens salvando milhares de vidas. O cimério também consegue vingar a morte de colonos inocentes assassinando Zogar Sag e enfrentando o demônio do pântano que o serve.

Presume-se que Conan passa mais alguns meses à serviço da coroa da Aquilônia atacando focos de revoltas dos pictos e tribos hostis que continuam infernizando a região. Ele toma parte em pelo menos três incursões pelas densas florestas e pântanos comandando soldados ou avançando solitariamente com o intuito de matar os "selvagens pintados".

Em The Black Stranger, Conan consegue escapar de implacáveis caçadores pictos e encontra o legendário tesouro do pirata Tranicos depositado nas profundezas de uma caverna. De posse do tesouro ele planeja retomar sua vida de corsário comprando um navio e armando uma tripulação. Seus planos acabam indo para o inferno quando o porto onde Conan está refugiado é atacado pelos pictos. Aos 35 anos, seu tesouro acaba se perdendo e ele se vê novamente sem dinheiro.

Conan acaba retornando a "Irmandade Vermelha" como capitão do "Mão Vermelha" uma embarcação que leva o caos às rotas comerciais defendidas pela marinha Zingara. Para deter o cimério, a marinha real envia vários navios de guerra no encalço do pirata, eles obtém sucesso e afundam o Mão Vermelha após uma longa batalha naval na costa de Shem. O capitão sobrevive ao desastre nadando para a costa.

Meses mais tarde Conan fica sabendo que os "Companheiros Livres" sob o comando de Zarallo, planejam reestruturar a companhia mercenária. O bárbaro cavalga até a fronteira com a Estígia onde os mercenários fazem seu primeiro ataque conquistando a cidade de Sukhmet. Nessa campanha Conan conhece a pirata Valéria da Irmandade Vermelha acusada de esfaquear um capitão da tropa e fugir. Conan apaixonado pela pirata resolve segui-la.

Em Red Nails, Conan e Valeria matam um dragão (na verdade um dinossauro) que defendia a cidadela perdida de Xuchotl e em busca de riquezas exploram o lugar envolvendo-se em um feudo de sangue entre duas facções rivais.

A dupla participa de algumas aventuras nos arredores da Costa Negra mas acaba se separando. Valéria retorna ao mar, enquanto Conan decide investigar os rumores sobre um fabuloso tesouro em uma terra mística no extremo oriente, chamada Keshan. O cimério empreende uma longa viagem cruzando planícies, selvas e montanhas até finalmente atingir a cidade real de Keshia. A reputação do bárbaro aparentemente havia chegado a essas terras distantes e ele é contratado para comandar o exército contra seus inimigos hereditários na nação de Punt.

No decorrer dessa guerra, Conan tem a oportunidade de explorar as ruínas de Alkmeenon na estória "Jewels of Gwahlur". Nesse lugar abandonado ele descobre o lendário tesouro conhecido como Dentes de Gwahlur. Com 37 anos, ele resolve se retirar por algum tempo ao lado da hiboriana Muriella. Mas o chamado da aventura acaba contagiando o bárbaro pouco mais de um ano depois.

Retornando às terras hiborianas, Conan fica sabendo que o governo do Rei Numedides lançou a Aquilônia - o mais poderoso Reino Hiboriano - em um caos sem precedentes. Poderosos inimigos se aproveitam do clima de instabilidade para reinvindicar terras além da fronteira. Alistado no exército da Aquilônia, Conan faz valer a sua indicação como comandante de regimento e enfrenta bravamente invasores Zingaros na província de Poitain. O combate é sangrento e o bárbaro assume o cargo de General de todo o exército aquiloniano para forçar uma vitória decisiva. Conan se torna o grande herói da guerra por destruir a poderosa armada Zingara e recuperar Poitain.

Numedides convoca o comandante vitorioso para a Capital, Tarantia e o apresenta como o salvador da Aquilônia. O bárbaro é ovacionado e seu nome gritado pela população, mas os bons tempos não durariam muito. Temendo a popularidade de seu general, Numedides ordena que ele seja preso na infame Torre de Ferro.

Ajudado pelo Conde Trocero e outros nobres insatisfeitos com o reinado de Numedides, Conan consegue escapar da prisão infernal e é conduzido até Poitain onde já se fala abertamente de uma revolta armada e um exército começa a se formar. Trocero recebe ordens de desmantelar sua tropa, mas ao invés disso prepara seus homens para a batalha nomeando Conan o comandante geral. Após uma vitória triunfal no campo de batalha, o caminho para Tarantia está aberto e Conan marcha para capturar a capital. Ele estrangula Numedides no salão do trono e toma a sua coroa sagrando-se Rei por seus próprios méritos. Conan tem quase 40 anos quando o sonho de conquistar um trono torna-se realidade.

A vida de rei não é uma cama de rosas para o recém sagrado regente da Aquilônia. Vários nobres não estão satisfeitos em ter um bárbaro no trono, mas a população reage bem às suas medidas que diminuem os impostos e restringem os abusos de décadas.

Em "A Fênix na Espada" (The Phoenix on the Sword), Conan enfrenta a primeira e mais séria ameaça ao seu governo quando Quatro conspiradores aquilonianos tramam seu assassinato e um golpe de estado, mas o bárbaro consegue desmascarar os envolvidos no plano.

Cerca de um ano depois desse complô, Conan assina um acordo com a nação de Ophir. Pouco depois, Ophir pede ajuda a Aquilonia para repelir uma invasão do Reino de Koth. O Rei envia um contingente de cinco mil homens para lutar mas descobre que foi traído.

O Rei é feito prisioneiro em "A Cidadela Escarlate" (The Scarlet Citadel) , por ordem de Amalrus de Ophir e Strabonus de Koth. Ele fica preso na Cidadela Escarlate, mas consegue escapar da masmorra com a ajuda de um prisioneiro, o feiticeiro Pelias de Koth.

De volta a Aquilonia ele contém uma revolta punindo os nobres que tencionavam entregar o reino a Koth e Ophir. Conan move a corte de volta a Tarantia e passa a viver no suntuoso palácio que pertenceu a Numedides.

Em "A Hora do Dragão" (The Hour of the Dragon) um plano de reestruturar as fronteiras hiborianas é colocado em curso quando o feiticeiro ancestral Xaltotun de Acheron é trazido de volta à vida. Os aliados do mago usurpam o trono da Nemedia e conseguem depor Conan usando magia negra. O Rei bárbaro consegue escapar e embarca em uma aventura para reclamar seu trono devolvendo também ao Rei Tarascus seu lugar na Nemédia. Conan tem 45 anos e resolve tomar Zenobia como sua Rainha.

O reinado de Conan foi marcado pela violência e períodos turbulentos, mas ele conseguiu se manter no poder à despeito da insatisfação de nobres e do cerco de conspiradores. A Aquilonia protegeu suas fronteiras mesmo com as nações vizinhas testando seu poder. Finalmente Conan empreendeu um ataque aos seus inimigos, expandindo as fronteiras e tomando territórios que formariam um verdadeiro Império. A extensão desse império, no entanto, é desconhecida.

É interessante perceber que o Rei continuou participando de campanhas militares e visitas a outras terras. Consta que ele fez uma visita oficial a Hyrkania e que participou de uma comitiva que se aventurou na distante Khitai. Há rumores que ele também patrocinou uma expedição em busca de um continente desconhecido além do Mar Ocidental.

Não há registros destas jornadas e sobre o destino final do Cimério, e talvez isso seja algo bom. As Crônicas à respeito das aventuras e do reinado de Conan foram encontradas pelos Filhos de Arrius nas ruínas de Tarantia (a atual cidade de Lyon) quase um milênio mais tarde.

2 comentários:

  1. O Conan na verdade chegou até o outro lado do Mar Ocidental, o que seriam as Américas "hoje"... Isso foi mostrado em uma edição especial...

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    1. Sim, mas acontece que a cronologia acima se baseia apenas nos textos de Robert E. Howard, e não nas ficções apócrifas de L. Sprague DeCamp, Lin Carter e Gerry Conway, as quais têm quase nada a ver com o material original...

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