sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Cientistas Russos desaparecem na Antártida - Equipe buscava Lago subterrâneo de 20 milhões de anos

Artigo da rede de notícias Foxnews enviado por José Luiz F. Cardoso.

Um grupo de cientistas russos perfurando o solo gelado da Antártida em busca de um lago enterrado há milhões de anos, não respondeu aos seus ansiosos colegas americanos - e a medida que os dias passam, o destino desses homens permanece desconhecido.

"Não recebemos nenhuma notícia faz cinco dias." disse o Dr. John Priscu -- professor de ecologia da Universidade de Montana e chefe de uma equipe similar do programa de exploração da Antártida.

O time russo filiado ao Instituto de Pesquisa Ártico e Antártico (AARI) vinha realizando trabalhos de perfuração a semanas em um esforço para chegar ao isolado Lago Vostok, um vasto, corpo de água subterrâneo escondido 13.000 pés abaixo da calota de gelo. O lago não é exposto a superfície há mais de 20 milhões de anos.

Priscu afirmou que não há nenhuma maneira de entrar em contato com o time russso -- e que a temperatura já congelante tende a baixar ainda mais, a medida que o verão Antártico dá lugar ao inverno.

"A temperatura está a -40 graus célsius e eles tem apenas uma semana restando antes que o inverno congele totalmente a estação. Eu só posso imaginar como deve estar a situação na Estação Vostok nesse momento".

O desaparecimento do time russo não poderia ter acontecido em pior momento: Eles estavam a cerca de 40 pés de seu objetivo, que consiste em chegar ao corpo de água, uma missão que eles não vão ser capazes de cumprir antes da chegada do inverno.

Nas próximas semanas, a temperatura pode despencar e ficar duas vezes mais frio do que está agora. A área onde se localiza a Estação Vostok detém o recorde de temperatura mais baixa no planeta: -89.4 graus Celsius.

Se o time for capaz de atingir o lago subterrâneo, eles pretendem bombear a água para a superfície através do buraco e deixar que ela seja congelada pelo frio. O plano de estudo envolve a analise de amostras a serem recolhidas no ano seguinte.

Embora apenas alguns poucos pesquisadores estejam trabalhando na área, cientistas de todo o mundo aguardam prendendo o fôlego a medida que esperam por qualquer notícia de seus companheiros russos.

"Nós estamos muito interessados no que eles podem encontrar" disse o cientista britânico Alan Rodger, no ano passado, "Este é um lago que não é exposto a mais de 20 milhões de anos. Portanto, se houver vida lá, teremos muitas perguntas a serem respondidas. Como essas formas de vida evoluíram, como elas sobreviveram, com o que elas se parecem? Seria excitante descobrir algo completamente novo em nossso planeta".

O projeto foi iniciado com a perfuração da camada sobre o imenso lago - que mede 15,690 quilômetros quadrados -- em 1998. Inicialmente, as equipes de perfuração foram capazes de atingir 3,600 metros, mas tiveram de parar por causa da preocupação de uma possível contaminação das águas intocadas.

"Gelo é diferente de pedra, ele é capaz de se mover" disse Dr. Priscu, "para manter o buraco aberto, a equipe de perfuração usa querosene. Infelizmente essa substância favorece o acúmulo de bactérias. Há 65 toneladas de querosene nesse buraco. Seria portanto um desastre se esse querosene se misturasse a água imaculada do lago".

Para lidar com a questão, os cientistas tiveram uma idéia engenhosa. Eles concordaram em perfurar até que um sensor os avisasse que haviam encontrado o corpo de água. Nesse ponto a querosene será retirada e a pressão ajustada para que a substância não se misture à água do lago, e para que a água possa fluir até a superfície.

Os planos permanecem em suspenso até que a situação seja resolvida.

* * *

Uma expedição no continente gelado, ameaçada pela temperatura inclemente em um dos piores ambientes do planeta.

A possível descoberta de um "Mundo Perdido" abaixo da calota de gelo e de seres diferentes de tudo o que se pode imaginar.

O contato com a equipe foi rompido, ninguém sabe o que aconteceu...

... mas podemos supor.

Enquanto isso torcemos por um desfecho feliz e que todos pesquisadores retornem em segurança nos próximos dias.

3 comentários:

  1. Morre pesquisadores na Antártica todos os anos...

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  2. Últimas Notícias em 06/02/2012:

    Os Cientistas Russos reestabeleceram contato com seus colegas americanos e asseguraram que estão bem e protegidos (dentro do possível) do clima.

    Mais importante, a mensagem dá conta que a equipe conseguiu atingir a massa de água do Lago pré-histórico perfurando a 3768 metros de profundidade abaixo da calota polar.

    Resta agora esperar pelas descobertas que se seguirão a essa façanha.

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