segunda-feira, 30 de abril de 2012

H.P. Lovecraft A Banda - Psicodelia e loucura nos anos 60


Era 1967 e o Verão do Amor contagiava a América ao som de bandas alternativas com hipongas e bicho-grilos afins. Era o tempo de contestação, quando os jovens ostentavam idéias e gritavam slogans adverindo seus colegas a "não confiar em ninguém acima de 30 anos".

A Guerra do Vietnã continuava e com ela os protestos. Paz, Amor, Música e Drogas estavam na ordem do dia.

Enquanto isso em Chicago uma banda independente iniciava sua carreira psicodélica lendo trechos inteiros da obra de H.P. Lovecraft no palco enquanto guitarras, cítaras e órgãos criavam sons distorcidos vindos de esferas distantes além do tempo e espaço. Eram os loucos anos 60 afinal de contas, e valia de tudo em busca da exploração além das portas da percepção.


Anos 60 baby! Isso aí era estar na moda. Mora?

Enquanto Grace Slick fazia os garotos derreter cantando “don’t you want somebody to love …”, uma banda chamada "H.P. Lovecraft" encenava estranhas apresentações inspiradas pelo macabro e horrendo em palcos tomados de fumaça, luzes coloridas e sons distorcidos.

Sendo algo absolutamente psicodélico (bem ao gosto da época!), a banda ficou associada ao uso de drogas, mas na verdade a coisa era puro Lovecraft. Ou ao menos, as músicas se aproximavam dos contos com títulos como "The White Ship", "The Keeper and the Key", "Dreams in the Witch House" e álbuns como "At the Mountains of Madness".

Se é bom ou não, não importa...

"H.P. Lovecraft", a banda jamais conquistou o sucesso. Os membros entravam e saíam e ninguém esquentava por muito tempo na formação. A banda se transformou em "Lovecraft" (em 1971) e depois em "Love Craft" (com um estilo funky), terminando em 1975 e desaparecendo com seus membros caíndo no ostracismo.

Para os curiosos (e fortes de coração), eis aqui um dos únicos vídeos sobreviventes da banda "H.P. Lovecraft" ao vivo, filmado em Chicago no ano de 1968:



Eu me pergunto o que o "Cavalheiro de Providence" pensaria à respeito dessa, hmm, er... homenagem.

Ah bem, tenho quase certeza que a reação seria mandar todos cortar o cabelo e arranjar empregos decentes, mas posso estar errado.

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